
A desolação de um gigante
Chegou ao fim o domínio do futebol espanhol. Os ibéricos caíram frente ao bom time do Chile e, após ter estreado na Copa do Mundo apanhando da Holanda por 5 a 1, disseram adeus com uma rodada de antecedência e o jogo contra a Austrália não passará de mero compromisso protocolar.
A Copa das Confederações foi o último suspiro do mágico futebol praticado por La Fúria. No inédito bicampeonato europeu de seleções, o time de Vicente Del Bosque chegou trôpego àquela decisão, mas atropelou a Itália na decisão com um inquestionável 4 a 0.
Durante as Eliminatórias a classificação veio sem maiores problemas, embora sem muito brilho, em um grupo no qual tinha como principal adversário a inconstante França, e mais um monte de seleções inexpressivas.
O jogo seguinte era contra o perigoso Chile de Jorge Sampaoli. Uma Espanha com mudanças, com Xavi e Piquet no banco, mas sem identidade, que não era nem sombra do time que mostrou ao mundo um jeito novo de jogar bola. Casillas e Xavi, dois dos maiores expoentes dessa geração, terminaram como símbolos do seu final. Enquanto o goleiro, que completava a marca de 17 partidas disputadas em Copas do Mundo, no seu terceiro mundial, e assim superava a marca do também mítico Andoni Zubizarreta, falhava clamorosamente no segundo gol chileno, o já lendário meia sequer saiu do banco de reservas.
Como eu escrevi neste mesmo blog após a já citada derrota da estreia, este time mítico não merecia um final tão triste. Em todo caso, em vez de aproveitar para tirar um sarro ou bancar o vidente o passado, considero mais digno agradecer pelos quase dez anos de um futebol mágico que poderei dizer aos meus netos que vi. ¡Gracias, Furia!
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